Uma vizinha relatou ao Conselho Tutelar que a mãe tinha a intenção de matar a filha de 4 anos.
A mãe e o padrasto de uma criança de quatro anos, com deficiência, foram presos em flagrante nesta terça-feira (08) acusados de maus tratos à menina. Após uma denuncia do GAVI (Grupo Amigos da Vida), o Conselho Tutelar foi até a residência da família, na zona Leste, e constatou que a criança sofria agressões físicas e supostamente violência sexual. Ela também estaria há quatro dias sem comer.
A criança, que é surda, apresentou múltiplas lesões no corpo e, após exame, foi constatado lesões na região genital, como também foi verificado que um dos ossos da menina estava fraturado. “Percebemos muitas lesões de espancamento no corpo da criança, inclusive, sinais de agressões de vários dias”, disse o conselheiro tutelar Djan Moreira, que fez o acompanhamento do caso.
Ainda segundo o conselheiro, a mãe da menina afirmou que ela estava sem comer porque rejeitava as refeições e confirmou ao órgão, junto com o padrasto, que batiam na filha. Uma das vizinhas da família relatou ao Conselho Tutelar que a mãe já havia comentado que teria a intenção de matar a criança devido à sua deficiência.
Além da menina, outras cinco crianças estavam na casa, nenhuma delas apresentaram lesões pelo corpo. Das seis crianças, apenas a vítima não tinha o sobrenome do pai. As outras cinco eram filhas do padrasto da menina espancada.
A menina foi internada na madrugada de hoje (09) no Hospital de Urgência de Teresina, após ter recebido os primeiros procedimentos médicos no Hospital do Buenos Aires, na zona Norte. A vó materna acompanha a criança no hospital e está revoltada com a situação da menina.
De acordo com a assessoria de imprensa do HUT, apesar das várias escoriações pelo corpo, o estado de saúde da criança é estável. A menina vai ar ainda por um exame específico para avaliar se ela foi vítima de estupro.
Policiais do 9º BPM deram apoio ao Conselho Tutelar e fizeram a prisão do casal, que foi encaminhado à Central de Flagrantes para serem autuados em flagrante. A Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) vai investigar o caso. O IML também esteve no local para realizar a perícia.
Edição: Nayara Felizardo
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