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Foto: Stefanne O'hana
Pesquisador Braz Henrique Nunes orienta técnicos em São João do Piauí
A Embrapa Meio-Norte promoveu, nos dias 21 e 22 de maio em Parnaíba, e 28 e 29 de maio em São João do Piauí, o curso “Dimensionamento e manejo de sistema de irrigação localizada para fruteiras tropicais”. A capacitação, que contou com mais de 60 participantes, foi voltada para técnicos da assistência técnica e extensão rural dos setores público e privado, além de estudantes de ciências agrárias.
O curso foi ministrado pelos pesquisadores da Embrapa Meio-Norte, Braz Henrique Nunes e Francisco José de Seixas, e abordou sete eixos fundamentais, entre eles o dimensionamento e a prática de instalação de sistemas de irrigação localizada, com atividades teóricas e práticas realizadas tanto no auditório da Embrapa, em Parnaíba, e no Instituto Federal do Piauí (IFPI), em São João do Piauí, como no campo.
Para o pesquisador Francisco José de Seixas, o curso teve como missão preparar técnicos locais para que atuem diretamente na expansão sustentável da agricultura irrigada no estado. “O foco principal é nós treinarmos os técnicos de cada região para que eles possam ter um real dimensionamento do sistema de irrigação localizada e com isso expandir as áreas irrigadas do Piauí”, explicou.
Valdemício Ferreira, coordenador do Projeto de Transferência de Tecnologia e Inovação em Fruticultura (ProFruti), destacou a importância de um projeto de irrigação bem dimensionado. “Um sistema de irrigação bem dimensionado vai impactar diretamente na economia do agricultor, já que ele vai levar para a planta a quantidade de água adequada e, consequentemente, fazer com que a planta produza mais, o que implica diretamente na lucratividade da atividade irrigada”.
Nesse aspecto, a irrigação localizada é considerada um dos métodos mais eficientes para irrigar culturas, especialmente as frutíferas, em regiões semiáridas como o Piauí. A tecnologia permite que a água seja aplicada diretamente na zona de concentração das raízes das plantas, o que permite a redução de perdas por evaporação e percolação, por exemplo. Isso resulta em significativa economia de água e menor consumo de energia, o que representa uma redução direta nos custos de produção e maior retorno financeiro para os agricultores, apesar do custo de implantação desse sistema ser mais elevado em comparação com outros métodos.
De acordo com Herlon Pimentel, da Secretaria de Estado da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (SADA), o curso é importante tanto pela sua abordagem técnica quanto pela valorização da prática. “Desde o início o ProFruti pensou em um dos aspectos que é mais ignorado: a formação de mão de obra. Então quando se pensa nessa mão de obra e na transferência de conhecimento, a gente vê que o pilar está equilibrado”, destacou o participante.
Para Amós Cardoso, estudante de engenharia agronômica, participar do curso contribuiu significativamente para ampliar o seu conhecimento sobre o tema. “Vim da cidade de Petrolina, em Pernambuco, para participar dessa capacitação. Hoje, em campo, aprendi a realizar um teste de coeficiente de uniformidade e distribuição, um aprendizado que já vou levar para as minhas atividades de trabalho”, destacou.
Ao promover a capacitação de profissionais e agentes multiplicadores em regiões estratégicas do Piauí, o Profruti, projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), contribui não apenas para o aprimoramento técnico no campo, mas também para a sustentabilidade e competitividade da fruticultura irrigada no estado.
Stefanne O'hana (orientada por Adriana Brandão) (MTb 01067/CE)
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